Sabe aquele amor que tem tudo a ver com a gente e até mesmo as diferenças se completam? Mas, devido aos caprichos do destino, cada escolha uma consequência, este certo alguém opta por livre e espontânea vontade não ficar com você e assim, muda todo o rumo da história que aparentemente tinha tudo para ter um final feliz.
Pois é, provavelmente você já teve ou tem um “E SE” para chamar de seu. Aquele amor feito de um passado tão presente e um futuro tão distante, onde em algum momento da vida nos questionamos: e se tivesse dado certo?
Se tivesse dado certo, certamente o sentimento iria passar pelo desgaste do tempo causado pelo dia a dia das relações e não seria mais a recordação nostálgica e singela da possibilidade do E SE…
Existem “E SE” que por um erro de rota do destino, insistem em reaparecer. São aqueles que saem da nossa vida sem pedir desculpas e entram novamente sem pedir licença. São as famosas oferendas que jogamos pro mar e que do nada, ressurgem das profundezas do oceano como se nada tivesse acontecido. Vai entender o que se passa na cabeça destes seres humanos! Bom, uma coisa a vida vem me ensinando, tem acontecimentos que não se explicam, apenas sente e deixa seguir o flow da vida, quem sabe lá na frente Iemanjá se encarregará de esclarecer o motivo da oferenda ter retornado do mar.
Também tem “E SE” que é único, fica guardado do lado esquerdo do peito, parece um laço eterno já pré estabelecido em contrato de outras vidas. É possível até mesmo escutar lá longe, Shakespeare sussurrando ao pé do ouvido: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia”. Às vezes para esse tipo de “E Se”, os caminhos insistem em se cruzar e quando acontece, é inevitável os olhares se tocarem onde fazem você se sentir especial.
Como uma boa romântica, gosto de pensar que esta forma de amor não merece ser devastada pelo relógio do tempo, por isso eles são guardados em uma gaveta da memória, onde se juntam com os demais membros do clube “E SE” e lá, tornam — se a saudade de um tempo perdido no espaço, do tempo que não volta mais…