Quem inventou o amor?

Quem inventou o amor? Não faço a mínima ideia.

A única coisa que sei é que precisamos falar urgente sobre ele. E não do amor convencional que estamos acostumados a ver nas novelas, filmes, livros e afins, mas sim, do amor de verdade.

Mas antes de você dar continuidade na leitura vamos fazer um exercício!

Primeiro, esqueça tudo aquilo que você viu nos filmes de Hollywood, novelas, Disney, livros, etc… Esses amores são ilusórios. Tá, sei que é difícil de uma hora para outra esquecer tudo, mas que tal fazer isso apenas até chegar ao final deste texto? Combinado?!

Bom, agora que você apertou o botão de pause na sua mente com relação a tudo que já aprendeu até agora sobre o amor romantizado, te pergunto: será mesmo que a Cinderela ou qualquer outra princesa da sua preferência foram felizes para sempre com o seu o príncipe? Tenho certeza que você vai dizer, claro que não, neh?!

Pois é, ninguém soube como foi o casamento da Cinderela depois de alguns meses, na ocasião em que o príncipe teve problemas para resolver no seu reino e lhe faltou tempo para dar atenção para princesa ou quando a Cinderela estava de TPM, ou até mesmo como foi a sua gravidez no momento em que ela se sentiu insegura se seria uma boa mãe. Enfim, esses e outros tantos contra tempos que acontecem na vida a dois e que afetam o dia a dia da relação, ninguém fala sobre eles, porque é muito mais fácil e rende mais comercialmente mostrar uma família perfeita como um comercial de margarina.

E devido a isso, somos ludibriados a acreditar a vida inteira em um “felizes para sempre”, criamos muitas expectativas nos relacionamentos e a partir do momento em que a relação sai do que foi “planejado” a decepção e as frustrações são muito maiores. Vamos ser realistas, o felizes para sempre é muito tempo! Ninguém é feliz o tempo todo dentro de uma relação, e caso o seu namoro, casamento, noivado, rolo, PA ou o rótulo que quiser dar ao seu relacionamento, não der certo, tá tudo bem, porque você não é obrigada (o) a ficar com alguém que não te faz mais feliz. Amor é o tempo que se passa ao lado da pessoa e mesmo que não tenha durado para sempre, não significa que não foi amor.

Amor vai muito além do que amar uma outra pessoa, antes de amar alguém é necessário primeiro amar a si mesmo. Vivemos em busca do tal amor, mas fugimos do nosso amor próprio. Achamos que só seremos felizes para sempre se tivermos alguém do nosso lado, e juro que isso é a pior coisa que você pode fazer na sua vida. A sua felicidade jamais pode depender de outra pessoa.

As pessoas não tem inteligência emocional suficiente para ter um relacionamento. Boa parte das relações são construídas na base da dependência emocional, fazendo com que as pessoas deixem a sua individualidade de lado. E dai lhe questiono, quando o outro vai embora, o que você faz? Com certeza chora, e diz que não irá mais conseguir viver sem a sua metade. Desculpa ser tão realista, mas quem tem metade é só a laranja!

Outra coisa muito comum, é iniciar uma relação achando que vai mudar o parceiro (a). Está errado. Afinal, ninguém muda ninguém, isso é uma ilusão. Só temos o poder de mudar a nós mesmos e não o outro.

Vivemos no momento das relações impulsivas, vazias e que na maioria das vezes são apenas para alimentar o próprio ego. O desespero é tanto para ter um amor e chamar de seu, que cada dia aparece um novo aplicativo de relacionamento. Aliás, nada contra aos aplicativos, mas você já parou para pensar que nos submetemos a ser uma mercadoria de supermercado, no qual você escolhe conforme a embalagem mais bonita, faz uma compra por impulso e mais tarde pode até gerar arrependimento.

Por isso sou uma defensora do amor próprio, pois quando nos amamos não permitimos sermos apenas mercadorias baratas e sabemos que para sermos felizes não precisamos que um outro alguém cruze o nosso caminho. Além do amor próprio, um bom relacionamento deve ter inteligência emocional, no qual ambos tem coisas a agregar na relação e que os problemas do dia a dia sejam lidados com maturidade e façam ambos crescerem como pessoas.

Quando falo de amor, não quero dizer apenas de uma relação entre duas pessoas que envolve sexo, beijos, desejo, atração e romance. O amor é tão TUDO, que acabamos restringindo ele a apenas duas pessoas, e ele vai muito além disso. Todas as relações amorosas que vamos construindo ao longo da vida como amizades, convivência com pai, mãe, filho, irmão, dentro outros, também são amores e que precisam ser vistos como tal.

Se você chegou até aqui, fico feliz! Talvez você tenha concordado com as coisas que falei ou só com algumas ou até mesmo com nada e ta tudo certo! Porque cada pessoa pensa de um jeito e neste momento, no qual escrevo este texto é isso que penso sobre o amor, baseado nas minhas experiências dos amores da vida e de como eu vejo o mundo. Pode ser que daqui alguns anos eu leia o texto novamente e tenha uma outra opinião formado sobre o amor. Acho importante termos flexibilidade relacionado aos nossos próprios pensamentos, porque com o passar dos anos ganhamos mais maturidade e nossa opinião muda, tenho certeza que a pessoa que fui há 10 anos, talvez não concordaria com as coisas que escrevi e isso não é ruim, afinal o mundo está em constante mudança o tempo todo.

Depois dessa pequena divagação sobre o amor, contínuo não sabendo quem o inventou, mas certamente foi uma das invenções mais lindas que alguém já criou.

“Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure”
(Vinicius de Morais)

One comment Add yours
  1. Com certeza o amor nasceu com você. Foi concebida por ele e através dele. Cada der humano, ou pelo menos a maioria nasceu em um ato de amor. Mesmo que o amor entre os pais acabe, naquele dia o amor era presente.
    Tudo foi feito com o amor. Quem inventou o amor? Essa pergunta prevê uma sua abertura mental que aceite o fato de existir alguém que o criou. (Mas isso significa aceitar um conceito universal e sem tempo pois o amor sempre existiu, concorda?)
    Eu gosto de crer que este sentimento que move as montanhas “psíquicas”, “físicas”, que passa gerações sem perder a sua força e intensidade, que nos permite amar alguém que não existe mais, é algo que nao podia ser projetado, ele nasceu assim, como uma pedra preciosa.
    O amor não foi feito. Nem foi o sonho de um homem. Mas foi criado para ele. Para sua existência. Paulo de Tarso nos deixou a mais bela carta sobre ele no capítulo 13 aos Coríntios na Biblia. “1. Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine…
    Vale a pena ler se não conhece.
    E ao fim dessa carta quero revelar o que acredito. Deus, que criou tudo ao seu redor, ao nosso redor, acredite você ou não, é o amor cuja paternidade você busca no texto.
    Você tem razão quando diz “o amor é tão TUDO”. Concordo perfeitamente. Ele permeia todos os nossos relacionamentos. Todos.

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