VIDA, MORTE, VIDA

Querido diário pandêmico, ontem foi meu aniversário de 33 anos, enfim a idade de Cristo chegou! Aniversário é um belo dia para celebrar a vida e eu AMO comemorar a VIDA, pra mim isso significa festa, reunir amigos e ficar perto das pessoas que amo e me fazem bem. Ontem a comemoração de aniversário pandêmico foi um pouco diferente, mas com muita CHUVA de AMOR! ❤️

E todo ano é a mesma coisa, antes do meu aniversário sempre vivo intensamente o tal do inferno astral, aquele momento de olhar para dentro e refletir sobre a vida que se passou, e neste ano pandêmico a reflexão foi intensamente ao triplo. 

Pensei muito sobre a morte, porque para algo viver alguma coisa precisa morrer, a primavera jamais vem antes das folhas caídas do outono, a vida é um processo cíclico com uma infinidade de vida, morte, vida no meio do caminho até o nosso último suspiro.  

Quantas mortes você já teve em vida? Perdi as contas de quantas vezes me afoguei nas profundezas da minha alma, que são como pequenas mortes sempre carregadas de um traço de esperança de uma vida melhor. 

As minhas pequenas mortes sempre foram algo muito do meu Universo particular de navegar nos mares profundos e sombrios das minhas trevas, mas dessa vez, foi como se todo mundo tivesse sentindo a minha dor também, lidar com as dores do mundo sendo esfregadas na sua cara e as minhas dores, conflitos e medos pessoais, foi bem louco. A minha vontade era parar o mundo e só chorar, mas infelizmente o mundo não pode parar e o show tem que continuar. 

Vivemos um momento onde o mundo inteiro tá vivendo o seu inferno astral, e quem nunca parou para olhar seu interior ou nunca pensou em fazer uma mudança mental, está se obrigando a entrar na máquina de lavar roupa com um coquetel de muito OMO, Veja e tira manchas.   

Aprender a deixar morrer o que precisa morrer, valores, crenças e atitudes que não servem mais, é algo complexo e não é uma coisa que se faz do dia para noite, a gente tem apego a certos sentimentos. Para sair da zona conforto é necessário fazer uma limpeza na vida e se dar a oportunidade para enfrentar novos desafios e se desenvolver como ser humano. 

Deixar partir o que não serve mais e assumir riscos, requer enfrentar as vozes interiores que estimulam a permanecer na segurança. Doí, é como pegar a sua essência olhar camada por camada e delicadamente descartar com respeito e gratidão o que não serve mais.  

Me questionei, o que precisa morrer para uma nova Isa renascer? 

Encontrei respostas para algumas coisas, outras ainda não sei, fico na esperança da energia da nova idade trazer as respostas que procuro de um mundo sem as expectativas das ilusões do futuro. 

Texto: 03/15
Música inspiração: Dança da Solidão – Marisa Monte

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Esse texto faz parte de uma série de 15 pensamentos, soltos, loucos, pandêmicos na bellaquarta (quarta-feira), mais próxima de você. 

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